Körper Studio Pilates

Quando fiz o curso em 2002 se falava que o pilates era a atividade da moda, mas quase vinte anos depois ainda estamos nessa moda”, diz Maria Militão, diretora técnica do Körper Studio Pilates, que teve seu primeiro contato com o método um ano antes. Após 17 anos, Maria e o marido Rodrigo Moreira provaram à frente da sua escola que o método veio para ficar e deve ter muita longevidade no Brasil.

Na sequência das comemorações dos seus 17 anos do Körper Studio Pilates que aconteceram em agosto, entrevistamos Maria e Rodrigo sobre como se manter no mercado por tanto tempo, o compromisso com a formação de novos instrutores e outros assuntos. Confira:

Primeiramente, falem um pouco sobre a trajetória de vocês e do Körper Studio Pilates nesses primeiros 17 anos.

Maria Militão: Tive contato com o método em 2001 e fiz um dos primeiros cursos do Brasil, em São Paulo, em 2002. Fui porque precisavam de professores para lançar o tal do pilates na academia, porque era uma novidade. Como vi que tinha a ver com postura e alongamento, coisas que gosto, eu resolvi arriscar. Fiz o curso, me apaixonei e nunca mais parei. Desde 2002 eu trabalho exclusivamente com o pilates.

Rodrigo Moreira: A Maria começou com um estúdio pequeno, só tinha um reformer e mat, em uma casa que tinha outras atividades junto. A gente foi crescendo e mudamos de local. Em 2009 começamos com cursos para a formação e aperfeiçoamento de instrutores. Até que em 2014 a gente mudou para onde estamos atualmente, em um centro de treinamento. Trabalhamos tanto com a parte de aulas e com cursos para instrutores. Em 2017 a Maria fez treinamento com a Lolita San Miguel — única discípula de Joseph Pilates que ainda atua com formação de novos professores — nos EUA e entrou para a segunda geração do método.

Imagino que em 17 anos vocês devem ter passado por várias “fases”, já que o método passou do desconhecimento à “moda”. Baseado nas experiências de vocês, como você analisa o mercado do pilates desde quando começaram com isso e a fase atual?

Rodrigo: Ao longo desses 17 anos o mercado do pilates se transformou radicalmente. Quando a Maria fez o curso em 2002, era uma técnica desconhecida. A gente tinha que dar uma mini palestra pra explicar o que era o método. Aos poucos o pilates foi crescendo e a gente foi investindo cada vez mais, acreditando no potencial dela.

Eu e a Maria somos da área da educação física, e nela tem atividades que entram na moda, vive desses ciclos. Quando a moda era personal trainer, todo mundo virou personal, de professor de natação a recreador. Agora é a onda do funcional e do crossfit. O pilates entrou nessa e trouxe muitas empresas trabalhando com educação, aula e equipamentos. Quando o mercado infla, traz todo tipo de qualidade; desde os profissionais sérios e dedicados até os aventureiros, que não conhecem e querem se inserir apenas como oportunidade de negócio e não por acreditar na técnica. Mas hoje o pilates é uma técnica super conhecida. com quem se fala já sabe, já fez, o médico já indicou.

É sabido que muitos negócios no Brasil acabam em até dois anos. O que você acha que é o diferencial do Körper para que ele esteja caminhando já para os 20 anos?

Rodrigo: Pelos dados do IBGE, quase metade das empresas não passam do terceiro ano, sendo que 24% fecham no primeiro ano. A gente vem remando contra essa maré e acredito que nosso grande diferencial foi sempre ter investido e se especializado na técnica. Ao longo destes 17 anos a gente só trabalhou com pilates, então todos nossos esforços, recursos e suor foram para essa técnica. Isso nos trouxe uma qualidade, um profissionalismo para trabalhar que acho que nos sustenta até hoje.

Hoje se veem muitos estúdios de pilates inseridos em outros contextos, onde você tem profissionais de baixa qualidade trabalhando com equipamentos de baixa qualidade, cursos de final de semana. A gente continua firme no processo de trabalhar com qualidade, buscar o pilates na sua forma mais pura e genuína para realmente ser um diferencial.

A gente tem o centro de treinamento, onde o aluno que entra percebe que não estamos brincando, pela estrutura e pelos profissionais. Acho que essa dedicação e especificidade do trabalho é que tem nos mantido, porque os aventureiros vão passar por essa onda e sair. Quem trabalha sério e com profissionalismo vai se manter, e para a gente é importante que se mantenham para criar uma boa imagem do pilates, porque aí os profissionais sérios vão poder colher os frutos.

Além do curso de formação, o que você recomenda para quem está iniciando agora no pilates para se tornar um bom profissional?

Maria: Primeiramente faça aulas de pilates. Seja aluno e conheça o método no seu corpo para saber se gosta ou não, se faz sentido na sua vida ou não. Depois vai atrás de um bom curso de formação.

Quais os desafios de ministrar cursos e ser responsável pela formação de novos instrutores no Körper?

Rodrigo: O nosso desafio como empresa formadora é entregar ao profissional que busca conhecimento tudo que ele precisa para enfrentar um mercado de trabalho tão competitivo. Na formação, assim como nas aulas, a gente nunca abriu mão da qualidade e do profissionalismo, por isso nosso curso tem 450 horas e dura 6 meses. Hoje a maioria acontece em um ou dois finais de semana.

É realmente uma nova profissão, então o instrutor vai ter que se dedicar, fazer uma imersão no método. Esse é o nosso compromisso: pegar um instrutor que não conhece nada do método e ao final ele estar pronto para trabalhar, dar aula, escolher bons equipamentos, poder acolher os alunos. A partir daí, ele vai continuar se aperfeiçoando, crescendo profissionalmente, mas com uma base consolidada. Temos um nome relevante no mercado, nossos instrutores são reconhecidamente de muita qualidade. Temos parceiros que só trabalham com instrutores formados por nós, pois sabem que a gente exige e quem sai daqui sai pronto para trabalhar.

Qual é a importância de utilizar equipamentos de qualidade no método pilates?

Maria: É fundamental. O equipamento é uma continuidade do corpo do aluno. Se a gente tem algum problema no equipamento, é como se o aluno tivesse algum problema no braço ou no pé. Tem que estar perfeito, assim como o corpo do cliente. Então isso é de suma importância, pois qualquer peça desencaixada ou equipamento mal cuidado pode ser fatal. Temos que trabalhar com qualidade de ensino e equipamento.

Quando e como surgiu a parceria entre Körper e Kauffer? Quais são os nossos diferenciais sobre a concorrência?

Maria: Foi no ano passado. Falo que a Körper e a Kauffer já namorávamos há um tempão. A gente é bem conservador, não decidimos da noite para o dia, foram meses. Fomos conhecer a fábrica em São José/SC e a equipe, porque só fazemos parceria com quem a gente realmente tem uma conexão, não só profissional como pessoal. A gente viu que o diferencial da empresa é justamente o lado humano, o acolhimento, de um ajudar o outro, além da qualidade de equipamento e atendimento.

O que te motiva nessa jornada de quase duas décadas dando aula e formando novos instrutores de pilates?

Maria: O que mais me motiva é a transformação na vida das pessoas. O pilates é uma nova profissão. Quando formo um novo instrutor, eu vejo que formei um novo profissional e nova pessoa, com vida nova. Essa transformação me motiva, porque as pessoas passam a amar o que fazem. É uma paixão que move a pessoa a fazer o bem para outras pessoas.

Chega de falar de passado. Projetando os próximos 17 anos, como você imagina o cenário do pilates para as próximas décadas?

Maria: Desde quando fiz o curso em 2002, já se falava que o pilates seria a atividade da moda. Todo ano a moda é o pilates, e já estamos com essa moda há 17 anos. Então vejo que é uma atividade que veio para ficar e os próximos 17 anos serão muito melhores que esses primeiros.

Vejo que o brasileiro está em busca do pilates de verdade, e eu e colegas queremos passar o que tem de mais puro para os nossos alunos. Acho que é uma atividade que faz uma mudança na vida do aluno, que vai pensar muitas vezes antes de abrir mão dessa atividade. E quando alguma coisa toca na sua vida e te transforma, é difícil de largar.

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