Falar em pilates hoje é moda, e isso é um pouco preocupante, pois tudo o que as pessoas comentam tem seu lado positivo e o seu lado negativo, que pode ter um papel, algumas vezes, devastador.
Sabemos que o Método Pilates de condicionamento físico e mental é uma metodologia sem dono. Pelo menos, até o momento, desconheço uma única profissão que se intitule reguladora da técnica, o que é bom. Bom, porque muito mais pessoas podem ter acesso a esse incrível conjunto de movimentos inteligentes criados por Joseph.
Mesmo eu sendo fisioterapeuta de profissão, tenho como maiores referências dentro do método os bailarinos, que me mostraram a fluidez necessária para que o movimento ocorra de forma que tenhamos coordenação.
Já a fisioterapia me deu a ciência para que o meu método pilates possa garantir segurança e concentração, bem como o controle da respiração, que auxilia nessa limpeza interna tão necessária na prática do pilates. Minhas influências, que eram da educação física, me mostraram o quanto um movimento pode trazer vida, controle e centralização.
Se pensarmos em tudo isso, como podemos dissociar o Método Pilates em partes? Não vejo o método sem bailarinos, fisioterapeutas, educadores físicos e outros tantos profissionais que levam o ato de ensinar e construir um movimento tão a sério. Pilates, pra mim, é e deve ser livre, e o que deve ser vistoriado é a qualificação profissional.
Conselhos profissionais
É neste sentido, da qualificação, que os conselhos profissionais devem agir e responsabilizar seus profissionais pelo mau uso da prática e ética dentro da profissão, e não fiscalizar o Método Pilates.
Tenho verdadeiro pavor quando vejo profissionais tão bem capacitados e gabaritados serem banidos ou sofrerem sanções por conselhos que querem adonar-se da metodologia, que é livre de todas e quaisquer sanções que regem o movimento.
Eu penso que conselhos profissionais devem fiscalizar profissionais e não metodologias. Por isso, repudio essas punições, muitas sem nexo, a profissionais que não fazem parte dos interesses de órgãos, mas que, por pura competência, ensinam pilates.
Quem pode dar aula de Pilates?
Então, afinal, quem pode dar aula de pilates? Pela minha nobre e humilde interpretação, é todo e qualquer profissional que possa tratar o método com ética, preocupação, segurança e respeito. Para que isso aconteça, acredito que a formação seja a base de tudo.
A construção de um profissional de pilates não ocorre da noite para o dia, nem em um final de semana. Portanto, para se tornar um bom instrutor de pilates, devemos, acima de tudo, estudar, depois estudar, e por último, fazer o dever de casa, que é continuar estudando.
Menos brigas e mais amor e respeito pelo legado que Joseph deixou!
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Por Jacson Bonafé – Fisioterapeuta
Diretor Técnico Jacson Bonafé Escola Formação de Instrutores de Pilates
Instrutor de Pilates – PMA®CPT